Djokovic bate recorde de vitórias em hard‑court Grand Slams

Quando Novak Djokovic, tenista sérvio número‑um do mundo, cravou sua 192ª vitória em hard‑court Grand Slams, a notícia se espalhou como fogo em US Open 2025, realizado no USTA Billie Jean King National Tennis Center, Flushing Meadows, Nova York. O ato aconteceu na noite de 30 de agosto, às 20h15 (horário de Nova York), durante o terceiro turno da competição, e acabou colocando o sérvio à frente de Roger Federer, que havia mantido o recorde com 191 vitórias. O adversário de Djokovic foi o britânico Cameron Norrie, então número 12 do ranking mundial.
Contexto histórico dos hard‑court Grand Slams
Desde que o US Open migrou para quadras duras em 1978 e o Australian Open fez o mesmo em 1988, apenas esses dois torneios contam como hard‑court Grand Slams. Até hoje, são 145 edições do US Open, e o recorde de vitórias em superfície dura sempre foi um termômetro da longevidade e adaptação dos maiores nomes do tênis.
Antes de Djokovic, Roger Federer detinha o topo com 191 triunfos, enquanto o espanhol Rafael Nadal ocupava o terceiro lugar com 144. Em termos de partidas jogadas, Federer venceu 191 de 220, já Nadal 144 de 172, e Djokovic chega a 192 vitórias em 216 confrontos – uma taxa de sucesso impressionante.
Detalhes da partida contra Cameron Norrie
O duelo foi intenso: 6‑4, 6‑7 (4), 6‑2, 6‑3, durando 2h47min. Djokovic dominou os pontos de primeiro serviço (78 % contra 68 % de Norrie) e converteu 5 de 12 chances de break, traduzindo a superioridade física que costuma marcar suas noites de US Open.
Além das estatísticas, o clima dentro do Louis Armstrong Stadium ajudou: a umidade moderada fez a quadra mais lenta, favorecendo os rallies profundos que o sérvio adora.

Reações de figuras do tênis
Na coletiva de imprensa, a diretora do torneio Stacey Allaster elogiou o feito, lembrando que “bater esse recorde em plena temporada de Grand Slams demonstra a capacidade de Djokovic de reinventar seu jogo”.
A International Tennis Federation já atualizou seus arquivos, confirmando que o número‑um sérvio agora lidera a lista oficial de vitórias em quadras duras.
Entretanto, alguns analistas, como o ex‑tenista brasileiro Gustavo Kuerten, apontaram que a longevidade dos grandes está muito ligada aos avanços em preparo físico e nutricional, o que deixa a disputa ainda mais acirrada para a próxima geração.
Impacto do novo recorde no cenário mundial
Superar Federer significa mais que um número; é sinal de que a era dos "Big Three" está se estendendo. Ao mesmo tempo que Djokovic iguala o rival suíço nas 69 aparições nas oitavas de final – maior marca da Era Aberta – o sérvio demonstra que ainda pode acrescentar capítulos ao seu legado.
- 192 vitórias em hard‑court Grand Slams (recorde mundial)
- 69 aparições nas oitavas, empatado com Federer
- Taxa de vitória de 88,9 % em quadras duras
- Próximo confronto previsto para 2 de setembro, no Arthur Ashe Stadium
Para os fãs, a notícia traz esperança de mais duelos épicos nas próximas semanas; para os patrocinadores, abre portas para novas campanhas focadas em recordes históricos.

O que vem a seguir para Djokovic
Com a vaga na quarta rodada garantida, Djokovic encara um adversário ainda a ser definido – provavelmente um dos últimos emergentes europeus. Se mantiver o nível de 78 % de pontos no primeiro serviço, tem tudo para avançar ao oitavo de final, onde a disputa deve ficar ainda mais quente contra o provável número‑dois do ranking.
Além disso, o sérvio ainda mira o título de 23ª vitória em Grand Slams, um número que ainda parece distante, mas que agora tem um caminho mais claro.
Perguntas Frequentes
Como esse recorde afeta a história do tênis?
Ao superar o marco de 191 vitórias de Roger Federer, Novak Djokovic torna‑se o jogador mais bem‑sucedido em quadras duras nos Grand Slams. O feito reforça a supremacia dos "Big Three" e redefine o ponto de referência para futuras gerações.
Qual é a importância das aparições nas oitavas de final?
Chegar às oitavas de final 69 vezes – igualando Federer – demonstra consistência ao longo de duas décadas. Essa regularidade é um indicativo de resistência física e mental incomparáveis.
Quem será o próximo adversário de Djokovic?
O próximo oponente ainda será decidido nas partidas de terceiros turnos, mas as projeções apontam para um europeu de ranking entre 10‑15, que já mostrou boa forma nas quadras rápidas.
O que os especialistas dizem sobre a longevidade de Djokovic?
Especialistas apontam que o plano de treinamento, a alimentação balanceada e a tecnologia de recuperação são fundamentais. Gustavo Kuerten, por exemplo, enfatiza que "o tênis moderno exige manutenção quase cirúrgica".
Qual a repercussão desse recorde para o público brasileiro?
Os fãs brasileiros, que acompanham a carreira de Djokovic desde 2011, celebram a conquista como um marco histórico. As redes sociais brasileiras inundaram-se de mensagens de apoio, reforçando o carinho pela figura internacional.
Jéssica Farias NUNES
outubro 10, 2025 AT 03:59A nova cifra de 192 vitórias em quadras duras parece o ápice da obsessão capitalista com números. Enquanto a maioria celebra, eu me pergunto quantas estatísticas vão ser transformadas em patrocínios. A performance de Djokovic é, sem dúvida, impecável, mas ele agora se tornou um sanduíche de métricas vazias. O Big Three já não é mais um tema de análise técnica, mas sim um desfile de recordes consignados ao marketing. Em última análise, a supremacia no hard‑court serve mais ao mito do que ao esporte.