Críticas Corporais: o que são e como lidar

Você já ouviu alguém dizer que seu corpo "precisa mudar" ou que está "fora de padrão"? Esse tipo de comentário faz parte das críticas corporais, um assunto que mexe com a gente no dia a dia. Neste texto a gente vai explicar de forma simples o que está por trás dessas falas, por que elas machucam e, o mais importante, como responder de forma prática.

Por que as críticas corporais surgem?

Na maioria das vezes, quem critica está repetindo ideias que viu em redes sociais, na TV ou até nas conversas de amigos. A cultura do corpo perfeito cria um padrão impossível de alcançar. Quando alguém pontua um defeito – seja peso, altura, pele ou forma – está fortalecendo esse padrão e, sem perceber, pode estar alimentando a própria insegurança.

Outro ponto: o medo de incomodar ou de ser visto como machista faz muita gente soltar "elogios" que na verdade são críticas disfarçadas. Por exemplo, "Você está bem, mas se perder uns quilinhos ficaria ótimo". O tom pode parecer leve, mas o efeito é o mesmo.

Como as críticas corporais afetam a saúde mental?

O impacto aparece rapidamente. A pessoa começa a duvidar do próprio valor, sente vergonha do corpo e evita situações sociais. Estudos mostram ligação direta entre críticas corporais e ansiedade, depressão e transtornos alimentares. Quando a gente internaliza a ideia de que o corpo está "errado", a autoestima despenca.

Mas tem solução. Reconhecer que o problema está na mensagem, não em quem a recebeu, já dá um passo gigante. A partir daí, dá para usar estratégias que mudam a forma de encarar o assunto.

Estratégias práticas para enfrentar críticas corporais

1. Respire e reflita – antes de reagir, pare um segundo. Pergunte a si mesmo: "Esse comentário tem base na realidade ou é só opinião?”. Isso reduz a reação automática de culpa.

2. Reforce o positivo – faça uma lista de coisas que você gosta no seu corpo que não têm nada a ver com aparência, como força, resistência ou o jeito que ele te ajuda a abraçar quem você ama.

3. Defina limites – se alguém insiste em falar, diga de forma clara: "Não quero ouvir comentários sobre meu corpo". A maioria respeita quando o limite é expresso.

4. Busque apoio – conversar com amigos, familiares ou um psicólogo ajuda a colocar a crítica em perspectiva e a desenvolver autoconfiança.

5. Eduque quem faz a crítica – às vezes, a pessoa nem percebe o dano. Compartilhar artigos curtos ou falar sobre como o comentário te fez sentir pode abrir um diálogo saudável.

Essas dicas são úteis tanto para quem recebe quanto para quem pode estar fazendo críticas sem querer. Quando a gente entende o efeito das palavras, consegue mudar a conversa para algo mais construtivo.

O papel das redes sociais

Na internet, as críticas corporais se espalham rápido. Por isso, siga perfis que promovem a diversidade de corpos e desmarque contas que só mostram um ideal único. Use ferramentas de bloqueio e denúncia quando o discurso se torna ofensivo.

Lembre-se: seu valor não está na aprovação alheia. Cada corpo tem história, funcionalidade e beleza própria. Ao mudar o foco da aparência para o que o corpo pode fazer, você cria uma relação mais saudável consigo mesmo.

Concluindo, críticas corporais são mais do que palavras – são reflexos de uma cultura que ainda precisa evoluir. Com consciência, limites claros e apoio, você consegue transformar a situação e preservar sua autoestima. Que tal começar agora a praticar uma das estratégias e observar a diferença?