Kamala Harris – quem é a vice‑presidente dos Estados Unidos?

Quando o nome Kamala Harris surge nas notícias, muita gente pensa em política americana, debates na TV ou decisões no Capitólio. Mas quem realmente é ela? Vamos conversar sobre a vida, a carreira e os projetos da mulher que quebrou barreiras ao chegar ao segundo cargo mais alto do país.

Da promotora à vice‑presidente

Kamala nasceu em 20 de outubro de 1964, em Oakland, Califórnia, filha de imigrantes indianos e jamaicanos. Cresceu numa vizinhança diversa, estudou direito na Universidade da Califórnia, em Hastings, e logo se destacou como promotora de justiça. Em 2003, assumiu como procuradora-chefe de San Francisco, onde ganhou fama ao enfrentar casos de crime organizado e tráfico de drogas.

Em 2011, foi eleita procuradora-geral da Califórnia, primeira mulher e a primeira pessoa de origem asiática a ocupar o cargo. Defendeu políticas de reforma criminal, mas também enfrentou críticas por decisões controversas, como não chamar o governador para intervir na prisão de um acusado de assassinato. Essa combinação de coragem e controvérsia ajudou a construir sua imagem nacional.

Em 2016, Kamala foi eleita senadora pelos californianos, tornando‑se a primeira mulher de origem sul‑asiática no Senado dos EUA. No Senado, focou em temas de imigração, saúde e justiça racial, propondo projetos que buscavam maior transparência nas prisões e proteção aos imigrantes indocumentados.

Principais prioridades no governo

Em 2020, foi escolhida como companheira de chapa de Joe Biden. A campanha destacou sua experiência jurídica e seu compromisso com a equidade. Quando assumiram o cargo em janeiro de 2021, Kamala Harris passou a coordenar esforços contra a pandemia, promover a reforma migratória e liderar iniciativas de justiça social.

Como vice‑presidente, ela tem um papel ativo nas políticas de saúde pública, apoiando a expansão de vacinas e o acesso a tratamentos. Na área de imigração, defende a criação de caminhos legais para imigrantes e a revisão das políticas de detenção. Também atua como voz forte nas questões de igualdade de gênero e direitos LGBTQ+.

Além disso, Harris lidera missões diplomáticas importantes, como visitas à América Latina para melhorar relações comerciais e de segurança. Seu estilo direto costuma gerar debates intensos, mas também atrai apoio de quem busca mudanças rápidas.

Os críticos apontam que, apesar das promessas, muitas reformas ainda não avançaram no Congresso. Ela tem sido acusada de ser excessivamente cautelosa em algumas decisões, o que gera dúvidas sobre sua capacidade de superar a resistência política.

Mesmo assim, a presença de Kamala Harris no topo do poder tem impacto simbólico. Jovens mulheres, especialmente de minorias, veem nela um caminho possível para cargos de liderança. Seu legado ainda está em construção, mas já podemos dizer que ela mudou a forma como o público americano vê a representatividade no governo.

Se você acompanha a política dos EUA, vale ficar de olho nas próximas ações de Harris. Seja nas questões de saúde, imigração ou direitos civis, a vice‑presidente tem potencial para influenciar decisões que afetam não só os Estados Unidos, mas também o Brasil e o resto do mundo.