Lixões no Brasil: entenda o problema e veja o que pode ser feito

Quando a gente ouve a palavra lixão, logo vem à cabeça aquele monte de lixo acumulado, cheirinho forte e risco de doença. Mas o que realmente acontece nesses locais e por que eles ainda existem? Vamos conversar de forma simples, sem rodeios, e descobrir como a questão dos lixões está ligada ao nosso dia a dia.

Por que os lixões ainda aparecem nas cidades?

Na maioria das cidades brasileiras, a coleta de lixo ainda não tem um plano de destino final. Quando o caminhão chega cheio, a solução mais barata costuma ser despejar tudo em um terreno aberto. Essa prática gera contaminação do solo e da água, aumenta a emissão de gases como o metano e atrai vetores de doença, como ratos e moscas.

Além do custo imediato, a falta de infraestrutura de aterros sanitários e a burocracia para fechar um lixão são grandes obstáculos. Muitas vezes, o poder público adia a troca por medo de protestos ou falta de recursos.

O que a legislação brasileira diz?

Desde a Lei nº 12.305/2010, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) obriga os municípios a eliminar os lixões até 2025, substituindo-os por aterros controlados ou sistemas de coleta seletiva. O prazo ainda não foi cumprido na maioria dos lugares, mas a pressão de ONGs e da população tem acelerado o processo.

Alguns estados, como São Paulo e Rio Grande do Sul, já fecharam vários lixões e investiram em usinas de compostagem. Esses projetos mostram que, com vontade política, dá para transformar o que antes era um problema em oportunidade de emprego e geração de energia.

Como você pode ajudar?

Mesmo sem ser um gestor público, você tem um papel. Separar o lixo em casa, reciclar papel, plástico e vidro, e levar resíduos orgânicos para compostagem são atitudes que diminuem a quantidade que chega ao lixão. Também vale denunciar depósitos irregulares ao órgão ambiental da sua cidade.

Participar de grupos locais que cobram melhorias pode acelerar a implantação de caminhões de coleta seletiva ou a construção de aterros adequados. Cada reclamação conta.

Se quiser ir além, procure projetos de educação ambiental nas escolas ou nas comunidades. Quando mais gente entende o impacto dos lixões, maior a chance de pressão por mudanças reais.

Em resumo, os lixões são um sintoma de falta de planejamento e investimento, mas não são inevitáveis. As leis já existem, a tecnologia também; o que falta é vontade e ação. Fique de olho nas notícias da sua região, cobre soluções e faça a sua parte. O futuro do nosso planeta começa no lixo que a gente decide não jogar no chão.