Retossigmoidectomia: tudo que você precisa saber

Se você chegou aqui, provavelmente ouviu falar de retossigmoidectomia e quer saber do que se trata. Em termos simples, é uma cirurgia realizada para remover parte do intestino grosso, especificamente o reto e o cólon sigmoide. O procedimento costuma ser indicado quando há tumores, doença inflamatória ou outras condições graves que não podem ser tratadas apenas com medicação.

Esse tipo de operação pode parecer assustador, mas entender cada etapa ajuda a diminuir a ansiedade. Primeiro, o cirurgião avalia o caso por meio de exames de imagem, colonoscopia e exames de sangue. Depois, define se a cirurgia será aberta (incisão maior) ou laparoscópica (pequenas portas e câmera). A escolha depende do tamanho e da localização da lesão, além da condição geral de saúde do paciente.

Como funciona a cirurgia

Durante a retossigmoidectomia, o médico remove a parte do intestino que está comprometida e, em seguida, reconecta as extremidades saudáveis. Essa reconexão pode ser feita de duas maneiras: anastomose primária, onde as duas pontas são unidas imediatamente, ou colostomia, quando se cria uma abertura na parede abdominal para o intestino descarregar resíduos em um saco externo. A decisão depende da extensão da remoção e do risco de complicações como infecção.

O procedimento costuma durar entre duas e quatro horas, e o paciente geralmente acorda na sala de recuperação ainda sob efeito da anestesia. Nos primeiros dias, os médicos monitoram sinais vitais, drenagens e a passagem de gases para garantir que tudo está funcionando como esperado.

Recuperação e cuidados pós‑operatório

Após a cirurgia, a hospitalização costuma durar de 5 a 10 dias, dependendo de como o corpo reage. A alimentação começa com líquidos claros e vai avançando gradualmente para alimentos leves e ricos em fibras, conforme o intestino se adapta. É fundamental seguir as orientações de hidratação e evitar esforço físico intenso nas primeiras semanas.

Complicações possíveis incluem infecção, sangramento e problemas na anastomose. Caso apareçam febre, dor abdominal forte ou alterações nas fezes, procure o médico imediatamente. O acompanhamento ambulatorial costuma ser semanal nas primeiras quatro semanas e depois espaçado, para avaliar a cicatrização e a função intestinal.

Se a cirurgia resultou em colostomia, o paciente receberá treinamento para cuidar do estoma e usar o saco coletor. Embora pareça um grande ajuste, muitas pessoas relatam que a qualidade de vida melhora rapidamente, já que a condição que motivou a cirurgia é resolvida.

Em resumo, a retossigmoidectomia é um procedimento que salva vidas e alivia sintomas graves. Compreender quando é indicada, como funciona e o que esperar da recuperação ajuda a enfrentar o processo de forma mais tranquila. Sempre converse abertamente com seu cirurgião, tire dúvidas e siga as recomendações pós‑operatórias para garantir um retorno suave às suas atividades diárias.